Com U

Fudeu. Fudeu. Fudeu tudo. Fudeu com U.
Fudeu agora que você resolveu começar a ouvir Los Hermanos porque te faz lembrar alguém. Fudeu porque você sabe as letras do Apanhador Só de cor e salteado. Agora fudeu mesmo que até Chico Buarque você está pensando em inserir em sua playlist.
Tá perdida. Perdida agora que resolveu remexer em coisas velhas nem tão velhas assim. Tá perdida agora que decidiu abortar missões impossíveis para tentar retomar uma vontade de meses atrás e havia deixado para enfeitar a lapela.
Agora danou-se tudo que resolveu relembrar coisas de meses atrás. Estavam ali, ali na gaveta. Na primeira gaveta. Quem mandou deixar tudo guardado na gaveta mais fácil de abrir? Até parece que não sabe. Até parece que não fez de propósito. E fica aí, reclama de cólica. Reclama do vento quente. Reclama do calor. Reclama dos 60 centavos na conta. Reclama. Reclama. E reclama de novo.
Quem foi que mandou você guardar tudo na primeira gaveta?
Só o que eu queria saber era o que eu resolvi esconder na quinta gaveta.
Adora reviver.
Fudeu tudo. Fudeu com U.

Somebody ring the alarm

Alguém vai me ajudar a escrever este texto. E não só a escrever, mas a me conhecer melhor. É a primeira vez que escrevo um texto com outra pessoa. Infelizmente essa pessoa escreve pouco mas pedi para que ela, ele ou whatever me descrevesse em algumas palavras e é claro que a primeira que veio à tona foi... "ansiosa". Pedi para pular essa parte. E, então, vamos lá: satisfação, jovial, entusiasmo. 


Vejamos. Satisfação é muito ambíguo para me descrever. Satisfação pelo que faço? Talvez. Não sei. Sempre digo que busco o que quero, corro atrás do que quero e sempre quero mais. O que faz com que eu não esteja satisfeita com nada. E, bem... ora, ora... Repetindo que satisfação é ambíguo demais. [Devia incluir a satisfação que proporciona às pessoas]


Hoje mesmo conversando com a recepcionista do meu trabalho, ouço a seguinte frase "jurava que você tinha sei lá, 22 anos". Logo beirando os 28, quem é que não fica feliz? É isso mesmo, a jovialidade que eu sempre procuro. Mas confesso (há uma certa resistência nisso aí) que não quero ser velha que se acha jovem. E, no mais, meu espírito é mais jovial que o da maioria aí.


Entusiasmo... Bem, acredito que nunca terei medo de me arriscar em algo novo e estou sempre encarando novos desafios e, partindo do princípio de que não nasci pra ficar parada, lembro bem que tudo o que fiz até agora me trouxe um aprendizado tremendo! Participei de uma das primeiras turmas do Programa Jovem Cidadão do Estado de São Paulo, trabalhei até em Casa do Pão de Queijo, me formei em biblioteconomia, fotografo, me arrisco em tocar guitarra, moro só... Bom, listando tudo, sairei daqui amanhã! E agora, depois de uma certa idade, resolvi ir atrás de algo que sempre quis fazer e não fiz por ‘n’ motivos. E nada disso pensando em dinheiro ou coisa do tipo, apenas realização profissional e evolução como ser humano. Por mais que eu sofra em algumas etapas (reprovei 3 testes de permanente junto com outros amigos, uns desistiram, mas eu não vou desistir assim tão fácil!), acredito que todo o esforço será recompensado no futuro.


No mais, ultimamente tenho reparado em muita coisa que preciso melhorar, e é aí que entra a ansiedade. E já não será a primeira nem a última vez que falarei dela porque, definitivamente, é algo que me atrapalha muito! Sei que sou dona de diversas qualidades e características singulares e talvez raras mas… Vem a ansiedade e transforma tudo n’um bicho de 7, 8, 9 cabeças. Em suma, acho que eu deveria ser objeto pra um estudo de caso profundo porque às vezes nem eu entendo a minha maneira de encarar as situações mais simples e me desprender das mais complicadas… 


Certo dia, um amigo meu muito próximo disse “Nataly, acho que você realmente gosta de sofrer” e, apontando detalhe a detalhe dos trancos e barrancos que tive nesse vidão de Deus, daria um belo dorama coreano para narrar! E também daria uma bela novela mexicana pra atuar. E me falam sobre terapia, me falam sobre psicologia e eu me fecho numa bolha de ar que chamo carinhosamente de “preguiça”, ou coisa que o valha! Incompreensão nunca é prevista e quando me encontro numa situação de apuros, não sei o que fazer com as armas que tenho nas mãos. Será possível que grandes gênios são incapazes de saber amar? Ou quem ama demais é incapaz de ser dono de tal genialidade? Ou ainda, quem ama e consegue raciocinar direito nunca se perdeu no caminho? Ou ainda mais, será que quem achou o caminho certo nunca errou durante o percurso? [Aqui fala de você ou das pessoas com quem se relaciona(ou)? De qualquer jeito, as opções são só essas? Duvido...]

Não sei.

E por mais que “tente tentar” entender, é algo absolutamente inexplicável. E pouco tangível. Apenas é algo para ter sentido. E ser sentido. 
Literalmente, mais uma vez, ou quem sabe a primeira, eu achei um caminho. Só não sei o que fazer com ele. [Acabou de listar tantos caminhos, então este não foi o primeiro, no máximo pode ter sido o primeiro de um tipo de caminho. Mas cadê agora a jovialidade e o entusiasmo pra encarar e trilhar o caminho novo, mesmo que esteja, ao mesmo tempo, ansiosa?]

E vai logo, que eu tenho pressa!
Boa noite e obrigada pela pizza.

Nenhum título caberia aqui se eu soubesse como intitular mais um texto meu que não fosse um que precisasse exatamente de um título plausível

Há dias eu me recuso. Há dias me recuso a escrever. Não sinto mais vontade de escrever sobre nada e não é que isso seja algo ruim. Só me recuso a escrever.
Me jogo no chão de piso frio, olho pro teto cheio de lascas, olho pro lençol azul, olho pra cortina rasgada e me recuso também a pensar em alguma coisa que me abale. Melhor fazer de conta. E no faz-de-conta, eu quero ser imune. E eu devia desconfiar de boas caras, de boas doses de sorrisos. Eu devia parar de achar graça. Devia mudar esse meu percurso. Controlar mais os passos.

E olha que eu me recusava a escrever, hein?
Me recuso mais ainda agora.
Que diferença faz mesmo?
Ah, a diferença é achar graça.
Rir.
Mesmo depois que a situação passa.
E pra quê tudo isso? Pra nada.
Eu já não sinto mais nada.

Chacoalha a cabeça. Bagunça o cabelo. Erase and rewind.
Eu não sei porque reaparece.
Na verdade, não sei porque existe.
E bem nem sei porque começo a ficar assim de novo.
Não, melhor ligar o ferro de passar.

.

Mais uma vez metendo os pés pelas mãos e vivendo em um mundo desenfreado que só existe na minha cabeça. Juro que tentei desistir de tanta coisa pra pensar, juro que tento pensar em mais nada e não ficar forçando tanto a barra comigo mesma pra seguir adiante... Eu não relaxo nunca! Eu deveria me deixar um pouco de lado... Não exatamente "me" deixar de lado, mas parar de me preocupar tanto com sentimentalismo e aprender que dependo apenas de mim pra ter um pouco de paz.
É sempre assim, uma faísca de interesse e eu já me derreto e me entrego em demasia, é como fugir de casa. Sabe que tá errado, tá lá fazendo. Vai levar bronca depois e vai se fuder porque certamente um dia desses vai dar de nariz no chão e vai se machucar tão horrivelmente que a vida não vai apagar isso da sua cabeça.
Meu problema é acreditar demais no pouco que falam, no pouco que prometem. Meu problema é acreditar demais. Pensar demais. O meu problema é ficar escrevendo aqui e ser mais um motivo pra não parar de pensar nisso. Meu problema é achar que sempre "dessa vez vai" e não em "dessa vez não vou avançar o sinal tão cedo", até porque cá estou eu com mais um caso mal resolvido. Mais alguém para não dizer "é você". Mais uma situação em que me encontro triste e sem chão. E mais uma vez que me apego quase que sem querer só por ter recebido 5 minutinhos de atenção.
Odeio ser apaixonada.
Gente apaixonada é um cu.
Gente apaixonada é um cu com acento.
Gente apaixonada é retardada e fala demais.
E eu não aguento mais isso.
Não me aguento mais.
Queria não sentir nada.
Queria parar de escrever nessa bosta.
Queria apenas parar de ser desse jeito.
Queria tanta coisa...
Queria não errar.

Just let it go! Enjoy while it lasts

Um mês e lá se vão mais alguns dias que simplesmente parei de escrever pra me dedicar às outras mil outras coisas e mil outras ideias mirabolantes que perambulam na minha cabeça - maioria não executo afinco; maioria deixo no esquecimento; maioria... bem, sei lá eu. Apenas que eu tenho me preocupado menos em me preocupar mais e, não exclusivamente, deixei de lado essa vontade doida de escrever sem parar - tal qual todos os meus pensamentos perdidos e encontrados quando algo novo surge. 
E o prêmio de maior encrenqueira do mundo vai para: sim, para a Nataly. E, cá entre nós, esse meu tiro saiu pela culatra. E como se não bastasse, eu achei que esse tiro seria certamente certeiro. E once again ele não foi. Errei a mira, mira errada de uma mira certeira e eu mal sei o que é que estou falando agora. Pois bem! Cansei de sair atirando por aí, acho que existe um bocado de estrabismo em tudo isso. Ser mirada, e não mirar. Talvez seja essa a minha vez! Ou não...
Mas! Vejamos! Eu poderia muito (muito) bem botar meu orgulho todo em minha frente, estufar o peito e dizer que "Olha aqui, eu tô bem sozinha, TÁ?". Claro, claaaaro que estou bem, meu bem. Mas não sei porque a cargas d'água eu vivo achando que poderia estar ainda melhor. A grande questão insolucionável da minha vida é optar involuntariamente pela ansiedade e transparecer uma insegurança inconfundível. E agora acompanhada do medo de estar pisando em território que me aflija.
Um grandessíssimo rodeio que vou enfrentar: comigo, para mim e por mim. 
Lembram da moeda que encontrei entre o vão do sofá?
O que é que a gente faz quando encontra várias (tipo vááááááááááárias) ao mesmo tempo?
É melhor que eu me cale, antes que bote (quase) tudo a perder.

"You know if I were you...
I'd embrace that condicion
Just ask me to keep on talking
'cuz you know you love that repetition!"
 
E meeeeeeeeeeeeeeeu! Não, deixa pra lá.

Feline casanova

Mamãe ligou dizendo que a gata está ótima, que corre pra lá e pra cá e que se esparrama no chão para ficar com a barriguinha pra cima. 

Ela é tão fofa!

Essa sensação toda de liberdade que a gata teve é o que a gente devia sentir, e não sente.
 
Ela está livre para subir e descer as escadas. Livre para correr. Livre pra ser feliz. Ela é livre. Livre como eu queria ser...

Are You Mine?



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