Há dias eu me recuso. Há dias me recuso a escrever. Não sinto mais vontade de escrever sobre nada e não é que isso seja algo ruim. Só me recuso a escrever.
Me jogo no chão de piso frio, olho pro teto cheio de lascas, olho pro lençol azul, olho pra cortina rasgada e me recuso também a pensar em alguma coisa que me abale. Melhor fazer de conta. E no faz-de-conta, eu quero ser imune. E eu devia desconfiar de boas caras, de boas doses de sorrisos. Eu devia parar de achar graça. Devia mudar esse meu percurso. Controlar mais os passos.
E olha que eu me recusava a escrever, hein?
Me recuso mais ainda agora.
Que diferença faz mesmo?
Ah, a diferença é achar graça.
Rir.
Mesmo depois que a situação passa.
E pra quê tudo isso? Pra nada.
Eu já não sinto mais nada.
Chacoalha a cabeça. Bagunça o cabelo. Erase and rewind.
Eu não sei porque reaparece.
Na verdade, não sei porque existe.
E bem nem sei porque começo a ficar assim de novo.
Não, melhor ligar o ferro de passar.
Chacoalha a cabeça. Bagunça o cabelo. Erase and rewind.
Eu não sei porque reaparece.
Na verdade, não sei porque existe.
E bem nem sei porque começo a ficar assim de novo.
Não, melhor ligar o ferro de passar.
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