Somebody ring the alarm

Alguém vai me ajudar a escrever este texto. E não só a escrever, mas a me conhecer melhor. É a primeira vez que escrevo um texto com outra pessoa. Infelizmente essa pessoa escreve pouco mas pedi para que ela, ele ou whatever me descrevesse em algumas palavras e é claro que a primeira que veio à tona foi... "ansiosa". Pedi para pular essa parte. E, então, vamos lá: satisfação, jovial, entusiasmo. 


Vejamos. Satisfação é muito ambíguo para me descrever. Satisfação pelo que faço? Talvez. Não sei. Sempre digo que busco o que quero, corro atrás do que quero e sempre quero mais. O que faz com que eu não esteja satisfeita com nada. E, bem... ora, ora... Repetindo que satisfação é ambíguo demais. [Devia incluir a satisfação que proporciona às pessoas]


Hoje mesmo conversando com a recepcionista do meu trabalho, ouço a seguinte frase "jurava que você tinha sei lá, 22 anos". Logo beirando os 28, quem é que não fica feliz? É isso mesmo, a jovialidade que eu sempre procuro. Mas confesso (há uma certa resistência nisso aí) que não quero ser velha que se acha jovem. E, no mais, meu espírito é mais jovial que o da maioria aí.


Entusiasmo... Bem, acredito que nunca terei medo de me arriscar em algo novo e estou sempre encarando novos desafios e, partindo do princípio de que não nasci pra ficar parada, lembro bem que tudo o que fiz até agora me trouxe um aprendizado tremendo! Participei de uma das primeiras turmas do Programa Jovem Cidadão do Estado de São Paulo, trabalhei até em Casa do Pão de Queijo, me formei em biblioteconomia, fotografo, me arrisco em tocar guitarra, moro só... Bom, listando tudo, sairei daqui amanhã! E agora, depois de uma certa idade, resolvi ir atrás de algo que sempre quis fazer e não fiz por ‘n’ motivos. E nada disso pensando em dinheiro ou coisa do tipo, apenas realização profissional e evolução como ser humano. Por mais que eu sofra em algumas etapas (reprovei 3 testes de permanente junto com outros amigos, uns desistiram, mas eu não vou desistir assim tão fácil!), acredito que todo o esforço será recompensado no futuro.


No mais, ultimamente tenho reparado em muita coisa que preciso melhorar, e é aí que entra a ansiedade. E já não será a primeira nem a última vez que falarei dela porque, definitivamente, é algo que me atrapalha muito! Sei que sou dona de diversas qualidades e características singulares e talvez raras mas… Vem a ansiedade e transforma tudo n’um bicho de 7, 8, 9 cabeças. Em suma, acho que eu deveria ser objeto pra um estudo de caso profundo porque às vezes nem eu entendo a minha maneira de encarar as situações mais simples e me desprender das mais complicadas… 


Certo dia, um amigo meu muito próximo disse “Nataly, acho que você realmente gosta de sofrer” e, apontando detalhe a detalhe dos trancos e barrancos que tive nesse vidão de Deus, daria um belo dorama coreano para narrar! E também daria uma bela novela mexicana pra atuar. E me falam sobre terapia, me falam sobre psicologia e eu me fecho numa bolha de ar que chamo carinhosamente de “preguiça”, ou coisa que o valha! Incompreensão nunca é prevista e quando me encontro numa situação de apuros, não sei o que fazer com as armas que tenho nas mãos. Será possível que grandes gênios são incapazes de saber amar? Ou quem ama demais é incapaz de ser dono de tal genialidade? Ou ainda, quem ama e consegue raciocinar direito nunca se perdeu no caminho? Ou ainda mais, será que quem achou o caminho certo nunca errou durante o percurso? [Aqui fala de você ou das pessoas com quem se relaciona(ou)? De qualquer jeito, as opções são só essas? Duvido...]

Não sei.

E por mais que “tente tentar” entender, é algo absolutamente inexplicável. E pouco tangível. Apenas é algo para ter sentido. E ser sentido. 
Literalmente, mais uma vez, ou quem sabe a primeira, eu achei um caminho. Só não sei o que fazer com ele. [Acabou de listar tantos caminhos, então este não foi o primeiro, no máximo pode ter sido o primeiro de um tipo de caminho. Mas cadê agora a jovialidade e o entusiasmo pra encarar e trilhar o caminho novo, mesmo que esteja, ao mesmo tempo, ansiosa?]

E vai logo, que eu tenho pressa!
Boa noite e obrigada pela pizza.

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