Bem-me-quer, mal-me-quer

Queria, podia, devia. Tanto faz enquanto não fazia. Eu bem que queria se um dia eu pudesse fazer o que bem entenderia.
Devia, podia, queria. Queria tanto que não faria. Queria muito que não poderia. Devia pouco mas bem sabia.
Sabia eu que não deveria e que não poderia ter o que bem queria. Queria eu ter o que podia bem mais próximo do que pareceria mas bem mais distante do que imaginaria. Eu bem queria.
Bem queria um bem-me-quer. Escolhi a dedo um mal-me-quer. Estufa o peito para o que vier e, se não der, é porque não é, não era, não será. Não será um bem-me-quer escolhido a dedo e não será um mal-me-quer que procurou ter sido assim. 
Um bem-me-quer bem que podia ser o que devia, ser o que queria. 
Mas o bem-me-quer pode se tornar mal-me-quer um dia...

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