Enid and Rebecca

Esquisito.
Enquanto a água do macarrão esquenta na panela pequena e velha, eu não consigo sentir nada sobre o que aconteceu. Na verdade, é sufocante demais. É demais e é demais mesmo. É de fato o que disse no texto anterior, sobre a tristeza que existe ali, mas passa despercebida. Não adianta mesmo remoer tanta coisa, deixei de ser assim. Se é pra ser assim, que seja agora!
É muito esquisito... Muito estranho eu não chegar à conclusão de nada, sentir nada, fingir nada. Não estou escondendo um sentimento, apenas deixei-o à deriva.
Acho que novamente me refiro à Enid e Rebecca. Acho que chegamos à bifurcação, na real. E você sempre foi a que mais chamou a atenção dos rapazes... Sempre.
Tô decidindo ainda se espero o ônibus e você fica aí. Se sigo meu rumo e esqueço tudo isso. Se ouço Sleater-Kinney apenas por nostalgia...
Você não soube me levar numa boa. E eu não sei se desisto ou se insisto.
Sei lá. 
Esquisito.
Estranho.
Queria sentir alguma coisa.
Mas tá pior: não consigo sentir nada...

A água do macarrão ferveu.


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